Programa de Residência Artística
> INCENTIVO À PRODUÇÃO ARTÍSTICA CONTEMPORÂNEA
> AMPLIAÇÃO DO ACESSO AOS ESPAÇOS DE PRODUÇÃO DE ARTE
> POPULARIZAÇÃO DAS TRAJETÓRIAS ARTÍSTICAS
Organizado por convite institucional (Diretoria Cultural) ou por chamada pública regulada por edital, o programa envolve a realização de projetos artísticos pontuais no contexto da Remanso. Com duração de 1 mês, prorrogável por mais 1 mês, o programa conta com a cedência de espaços para a realização do projeto, bolsa de fomento à produção de arte, auxílio estadia e deslocamento, ajuda de custo para a compra de materiais e insumos artísticos e vale transporte.
Artistas selecionades também podem participar de atividades organizadas pela Remanso de modo inteiramente gratuito, usufruindo de oportunidades de formação, circulação de arte e dos encontros que proporcionamos entre agentes do campo da arte.
SANTIAGO POOTER / SANTOCULTO
Santiago Pooter / Santoculto (Porto Alegre, RS, 1995) é artista-pesquisador, mestrando em Artes Visuais, com ênfase em História, Teoria e Crítica pelo Programa de Pós-Graduação em Artes Visuais da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (PPGAV / UFRGS), na linha de Relações Sistêmicas da Arte. Sua pesquisa e prática visual se concentram entre a imagem e a escrita, trabalhando a partir de diálogos entre a arte, o trabalho e a vida, o centro e a periferia, a ‘alta culturaʼ e a cultura popular, buscando tensionar as relações coloniais e seus processos de globalização provocados pelo capitalismo. Participou de exposições no Museu de Artes do RS (MARGS), Museu de Arte Contemporânea do RS (MACRS), Galeria Ecarta, Goethe Institut - Porto Alegre, Casa Museu Eva Klabin, 4º Prêmio de Arte Contemporânea da Aliança Francesa - Porto Alegre, dentre outras instituições. Também foi indicado na categoria de Jovem Artista do Prêmio Açorianos de Artes Plásticas, em 2021 e 2024. É idealizador do projeto internacional de residência artística Cidades Paisagem/Landscape Cities (2024), apoiado pela Embaixada Holandesa no Brasil e pelo Fundo Mondriaan
INSTAGRAM @santoculto
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SANTIAGO POOTER (Porto Alegre, RS, 1995), Meu reino não é deste mundo (capital simbólico), 2025
Pintura mural, 8 × 10 m. Máscaras impressas em papel triplex 240g, tiragem de 100 exemplares.
Acervo Remanso. Aquisição por comissionamento a partir de financiamento do Governo Federal, Ministério da Cultura, Política Nacional Aldir Blanc. Resultado da Residência Artística do Projeto Pública.
Originada de um processo de Residência Artística com um mês de duração, e vinculada ao Projeto Pública - Produção & Circulação de Arte Contemporânea, a presente instalação de Santiago Pooter integra um conjunto de obras de grandes dimensões que serão sistematicamente inauguradas por outros artistas na Remanso a partir de junho de 2025.
Intitulada Meu reino não é deste mundo (capital simbólico) (2025), a pintura mural parte de investigações artísticas anteriores nas quais Pooter se debruça sobre imagens, símbolos e marcas da nossa cultura visual e as trabalha de modo a gerar sucessivos tensionamentos sobre noções como as de valor cultural, simbólico, afetivo e econômico. As imagens, na pesquisa poética de Pooter, são recombinadas e semanticamente reapresentadas em novos contextos e quadros sígnicos, sugerindo perspectivas transhistóricas para sua interpretação. Mas também sugerem leituras sobre o próprio funcionamento interno do que se convencionou chamar de sistema das artes. Entre o capital simbólico que regula o campo e seus acessos e o reinado subjetivo onde somos todos majestades, abundam incomensurabilidades.
Aqui, nesta pintura, o elemento figurativo, quase um decalque, como que toma de assalto um coração flamejante. A feição, jubilante e vitoriosa, revela um indício de adoração. Mas, também, de triunfo sobre uma lógica pré-determinada. O elemento tridimensional estabelece a expansão na composição, mas também entra em diálogo com o espaço, redirecionando energias, canalizando veredas cósmicas.
O que a figura toma de assalto na imagem? Ao que ela dedica consideração, apreço, adoração? O que esse cristal insidioso protege, ou melhor, desvia?
Guilherme Mautone




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HENRIQUE PASQUAL
Henrique Pasqual (1990, Porto Alegre, RS) é artista, arte educador e técnico em Xilogravura. Em sua pesquisa aborda questões cerca da criação e legitimação de sentidos dentro da cultura visual, explorando a contradição como vetor formal e traçando um paralelo entre os
processos de ensino institucionalizados e suas vivências na periferia de Porto Alegre. Nesse processo as contradições formais do trabalho atuam como catalizadores para pensar as contradições e os “não lugares” sociais, questionando o papel das instituições na legitimação destes processos. Trabalhou como técnico junto ao artista Paulo Chimendes nas oficinas gráficas do Museu do Trabalho em Porto Alegre, a produção em gravura exerce forte influência no trabalho do artista, o qual também explora processos híbridos e técnicas como vídeo, performance e instalação.
INSTAGRAM @h.p.santo

Henrique Pasqual, Pro Labore, 2023.
VIRGINIA DI LAURO
Virgínia Di Lauro (1989, Barra do Choça, BA) é artista visual, graduanda em Artes Visuais pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e reside em Porto Alegre (RS) desde 2012. Em sua obra, cruzoa diferentes linguagens e técnicas como caminho de experimentações, composições e possibilidades, como interferências fotográficas, digitais e manuais, pintura, performance, vídeo e a feitura de objetos-coisas-máscaras. Desdobra seu trabalho entrecruzando realidade-ficção, através do onírico, da imaginação, dos acontecimentos e afecções cotidianas, natureza e emoções humanas. A partir daí, tece fios condutores possíveis de criação e encantaria, utilizando sobretudo o corpo e o feminino, variando entre suporte e temática como fonte geradora de outros corpos, atmosferas, livusias, mutações e modificações. Caminha por onde questiona as normas estabelecidas sobre o corpo e nossas relações com a vida na contemporaneidade assolada pelo capitalismo e moralismos patriarcais que distorcem nossos sentidos, nos descolando e distanciando das múltiplas possibilidades de tecer bem-viver e sonhar outras imagens capazes de atravessar os desastres iminentes de outras maneiras.
INSTAGRAM @pedra.queandou | SITE virginiadilauro.com
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Virginia Di Lauro, Do tempo das coisas, 2023 - 2024. 31 peças de argila sem queima. Dimensões variáveis.